Marlene Dietrich gostava de cozinhar para os seus (e as suas) amantes

Publicado em: 29 maio 2017

“Uma mulher de avental é um convite ao abraço. O avental de uma mulher jogado por sobre a cadeira da cozinha é uma maravilhosa natureza morta”, Marlene Dietrich

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Num tempo em que mostrar as pernas no palco já representava um abuso, imagine o falatório causado por essa mulher aparentemente fria e distante, que ficou famosa por seu jeito sensual e ardente, ganhando o título de primeiro mito de cinema falado. Era cobiçada por homens e mulheres e não demorou para se transformar em uma mulher mal falada por viver distante dos padrões morais da época.

Gostava de mulheres e de homens, e sempre deixou isso claro para o seu público. Em suas biografias conta-se que entre as coisas que ela mais gostava na vida estavam fazer amor com os seus homens e mulheres, tocar serra musical (um serrote que é usado como um instrumento musical) e… cozinhar para seus amantes.

A musa dos olhos azuis aprendeu a cozinhar por conta própria e, em paralelo à sua instigante vida de estrela, na intimidade de seu lar poderia ser definida como uma verdadeira dona de casa alemã. Mas era avessa à calma e tranquila vida do lar e, sua vasta lista de romances traz nomes de homens e mulheres famosas como Gary Cooper, Maurice Chevalier, Greta Garbo, John Gilbert, Douglas Fairbanks Jr., John Wayne, Richard Burton, Noël Coward, Orson Welles, Burt Bacharach, Edith Piaff, o escultor suíço Alberto Giacometti, John F. Kennedy e Ernest Hemingway.

Tempero perfeito e poderes extraordinários

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Está explicado o segredo infalível da musa de O Anjo Azul para cativar definitivamente seus amores. Avessa aos agitos de Hollywood, ela pediu à sogra que enviasse um livro de receitas austríacas e, como uma simples mortal, começou a desbravar o universo dos sabores e aromas. Assim, entre as quatro paredes de uma cozinha, ao pé do fogão, Dietrich se realizava cozinhando para quem amava. “Acho que fiquei mais orgulhosa com minha fama de excelente cozinheira do que com a ‘imagem lendária’ tão zelosamente construída pelos estúdios”, declarou certa vez.

Arrasava ao fazer um simples prato de ovos batidos que, além de três ovos por pessoa, levava sal, especiarias, creme de leite e muita manteiga. Entre seus pratos preferidos destacam-se almôndegas com batatas, ganso assado guarnecido com repolho, todos eles fartos em calorias.

Mandava bem nas delícias francesas, mas encantava com os sabores das culinárias russa e sueca. Passava longe dos fast food e jamais conseguiu degustar um hambúrguer com prazer, dizia que eram todos ruins e sem gosto. Das especialidades americanas ela só respeitava a comida do interior, preparada pelas cozinheiras negras, definidas por ela como “cheias de imaginação e ideias”.

No departamento de sobremesas, ela ensina desde um fácil e suculento bolo de chocolate, até um zabaione que leva seu nome e deve ser servido com frutas como mirtilos, groselha, amora, morangos, cerejas e framboesas, entre outras.

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Também sabia beber com classe e conta-se que, certa vez, teria confessado ao seu grande amigo e amante Ernest Hemingway, que só escolhia amantes que bebiam Martini. Mas sua grande paixão etílica foi o champanhe, definido brilhantemente por ela:

“Como símbolo, o champanhe tem poderes extraordinários. Ele lhe dá a sensação de um domingo e de que dias melhores estão se aproximando. Se você pode arcar com um Dom Pérignon bem gelado numa linda taça, no terraço de um restaurante em Paris, olhando para as árvores ao sol numa tarde de outono, vai sentir-se o adulto mais sensual do mundo, mesmo se estiver acostumado a tomar champanhe”.

O bolo de chocolate vou fazer esta semana e postarei o resultado pra vocês. E quanto ao Dom Pérignon, prepare o cartão de crédito, pois esse luxo vai lhe custar mais de mil reais. Levando em conta que o dia dos namorados está chegando, complete o investimento comprando duas lindas taças para desfrutar com elegância dos tais poderes extraordinários de suas elegantes borbulhas.