É difícil encontrar alguém que não goste de queijo. Eu amo! Sem falar na infinidade de pratos que podemos fazer usando-o como base. Fondue, pão de queijo, pizza, suflê, crepes, croque monsieur, cheese-cake, e por ai vai. Mas uma coisa eu não imaginava, existe uma cidade nos Alpes franceses que começou a gerar energia a partir do queijo.
A história é assim: Um subproduto do queijo Beaufort, agora é convertido num biogás que resulta da mistura de metano e dióxido de carbono. A fábrica pioneira nessa tecnologia fica em Albertville, na região de Savóia.
A usina espera produzir energia suficiente para abastecer uma comunidade de 1.500 pessoas, com sua produção de 2.8 milhões de kilowatts-hora por ano.
A conta da transformação é a seguinte: 1 milhão de litros de soro de leite pode ser transformado em aproximadamente 160.000 kWh de biogás que pode substituir os combustíveis fósseis.
O processo é muito inteligente. O leite integral, depois de usado para produzir o queijo, resulta em soro e nata. A nata eles usam para fazer produtos como ricota e manteiga. O soro é colocado em um tanque com bactérias e, com a fermentação natural, produz gás metano que, imediatamente é passado para uma maquina que esquenta a água a agua a 90 °C e, assim, gera eletricidade.
Beaufort é produzido numa área em torno da cidade de Beaufort nos Alpes Franceses. A altitude onde as vacas pastam dão ao queijo o seu sabor característico. As vacas que fornecem o leite para o seu preparo são das raças Tarentaise ou Abondance.
Assim como o Comté e o Emmental, o Beaufort é um queijo de massa prensada. Eles são pressionados para eliminar completamente o soro. Este tipo de queijo é fabricado com leite coagulado muito quente. São peças de grandes tamanhos e exigem longos meses de maturação.
O mais bacana dessa história da usina, é que o projeto não se limita a França. Segundo a empresa que desenvolveu o primeiro protótipo há 10 anos, outras 20 unidades estão em andamento no Canadá, França e outros países europeus. Na sequencia eles pretendem construir novos usinas na Austrália, Itália, Uruguai e até aqui no Brasil.
Fotos: Cooperative de Beaufort.