O que existe em comum entre os gênios e comida? Ambos alimentam, inspiram e encantam. Conta-se que Thomas Edison certa vez usou uma sopa como uma ferramenta de entrevista para contratar um funcionário. Enquanto os candidatos comiam, ele apenas observava. Atentamente. Aqueles que temperaram a sopa – com pimenta ou sal – antes de provar foram rejeitados imediatamente.
Charles Darwin também foi além dos estudos sobre os animais exóticos. Ele também os comia e, nos tempos que estudava na Universidade de Cambridge, criou uma confraria chamada Glutton Club. Nela os membros se encontravam semanalmente para comer “carne estranha” como corujas, falcões, iguanas e tartarugas gigantes.
Com Sigmund Freud não foi diferente, exigente com seus alimentos, tinha suas paixões gastronômicas.
Vamos à elas!
1- A maioria dos detalhes sobre os hábitos alimentares de Sigmund Freud vem do livro Zu Tisch bei Sigmund Freud (Jantar com Sigmund Freud: estilo de vida, hospitalidade e hábitos alimentares) escrito por Katja Behling-Fischer e editado em alemão.
2 – Durante as férias de verão, Freud adorava levar seus filhos para escolher ervas e especiarias e pegar cogumelos. Martha, sua mulher, preferia ir à algum mercado comprar cogumelos, talvez por não confiar muito na capacidade do marido para saber se tratava-se de alguma espécie venenosa ou não.
4- Seu filho Martin contava que Freud sempre dizia:
“Não se deve matar nenhuma galinha. Deixe-as viver e colocar ovos “.
5 – Sua sobremesa favorita era sorvete de baunilha caseiro.
6- Freud era um fã do conceito ‘farm to table’(da fazenda à mesa) e sempre esteve à frente das tendências gastronômicas, muitas delas hoje encaradas como novidades.
7 – Entre seus alimentos prediletos destacam-se aspargos, espiga de milho e alcachofras italianas.
8- Acreditava que comer comida kosher era prejudicial à saúde. Por conta disso, sua mulher Martha abandonou os preceitos judeus e só retomou a alimentação kosher após a morte de Freud.
9- Apaixonado por seus cachorros, Freud alimentava seus cães a partir de seu próprio prato. Yofi (que significa adorável em hebraico) foi o mascote que viveu mais tempo ao seu lado. Ele acompanhava sessões psicanalíticas de seu mestre e sempre estava presente em refeições familiares. Ficava sempre ao lado de Freud pois, de tempos em tempos, ele colocava seu prato no chão para o cachorro se refastelar
10- Freud tinha seu café favorito, o Café Landtmann, um lugar acolhedor em Viena, na Áustria. Ele morava na casa instalada no número 9 da via Berggasse, entre 1891 e 1938, bem próximo ao café. Ele atendia seus pacientes no mezanino de sua casa e dizia que ser o Landtmann o lugar perfeito para praticar seus estudos com tranquilidade e, um bom café curto. Sentava-se sempre na mesma mesa que ficava em um cantinho com vista para a rua.
Por: Esther Rocha